O QUE É?
O Transtorno Opositor desafiador (TOD) é um transtorno disruptivo, caracterizado por um padrão global de desobediência, desafio e comportamento hostil. Sabemos que o TOD é uma entidade diagnóstica independente, mas é frequentemente associada com transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) ou com transtorno de conduta (TC).
A prevalência do TOD pode variar entre 2 e 10%, sendo mais frequente em meninos do que em meninas.
O DSM-5 define o TDO como “um padrão de humor raivoso/irritável, de comportamento questionador/desafiante ou índole vingativa com duração de pelo menos seis meses.
EXISTEM FATORES DE RISCO?
A interação entre fatores genéticos e ambientais, especialmente os relativos à família, como manejo inadequado dos filhos, personalidade da criança e relacionamentos interpessoais (ex: má relação com amigos e bullying pode predispor) .
SINTOMAS
Classicamente, os pacientes discutem excessivamente com adultos, não aceitam responsabilidade por sua má conduta, incomodam deliberadamente os demais, possuem dificuldade em aceitar regras e perdem facilmente o controle emocional quando as situações não seguem a forma que eles desejam. Essas crianças podem estar irritadas com frequência, ter humor raivoso, atribuir a terceiros seus atos hostis e apresentar teimosia persistente.
Os sintomas do transtorno desafiador opositivo costumam ter início no período entre a pré-escola e o ensino médio. A característica marcante do transtorno, conforme especificado no DSM-5, é o fato de que ele está associado aos comportamentos de desobediência, o que remete a atitudes de desafio e hostilidade por parte da criança, principalmente contra as pessoas que ocupam posição de autoridade em sua vida (ex: pais, professores, diretores).
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
Para diagnóstico é necessário a duração de sintomas por, no mínimo, 6 meses. O tratamento envolve uma abordagem multidisciplinar, composta por reeducação da dinâmica familiar, acompanhamento psicólogo e neuropediatra e até intervenções na escola.
Não há medicações específicas para tratar o TOD, mas o tratamento farmacológico pode ser usado em algumas comorbidades (TDAH). Alguns antipsicóticos e anti-depressivos inibidores seletivos de recaptação de serotonina podem ser utilizados em casos reservados.